CONCEITO

ILLUSIO

“Illusio”, uma coleção sem-género, conceptualmente associada ao filme “O Doador de Memórias”. Define-se a partir de uma linha com um ritmo evolutivo, que se divide em três partes. 
Primeiramente emerge-se na vida digital, desprovida de emoções, traduzida em cores neutras, nos pretos e brancos e nas formas geométricas.
Surge uma segunda fase, onde se revela um pouco da essência do ser humano “real”, no seu elemento natural, passando assim a nascer linhas, formas e cores que unificam o geométrico e orgânico.
Numa terceira fase final é banida a idealização desta ilusão de perfeição digital, originando cores fortes, formas, texturas e relevos orgânicos, dando ênfase à beleza real. 



IMPERFECTUM 
“Imperfectum”, coleção focada no tema “O Belo no Digital”, desenha-se em torno da dualidade entre a ilusão e a realidade. 
Explora os conceitos de perfeição e imperfeição, ditados por uma sociedade guiada por um aprisionamento ao mundo digital.
Inspiradas nas ditas “imperfeições” do corpo humano, estas são celebradas e incorporadas nas peças, através de linhas orgânicas, volumes, contrastes de cor e materiais.


MIRAGEM

“Miragem”, uma coleção que aborda o lado emocional, trabalha o conceito da ilusão de um mundo perfeito, consciente de uma realidade imperfeita e desmotivante que colide com aquilo que o digital nos impõe.
As novas formas de entender a beleza e de desconsiderar tudo que não se alinha com esta trouxeram problemáticas nunca antes vistas; um ideal de perfeição completamente inalcançável no mundo real e normalizado no digital.
A realidade distorcida e o impacto que esta traz é abordado através do conceito de miragem, com o uso de cores intensas como os vermelhos e azuis, até aos pretos e brancos representando o contraste entre estas duas realidades.
Formas orgânicas e desproporcionais desenham a distorção, sendo as formas geométricas o impulso de querer e procurar uma perfeição inconcebível.


RUDIS VERITAS

“Rudis Veritas”, coleção que discute o risco ao qual nos encontramos tão próximos, a possibilidade deacreditar e ser consumido por uma realidade irreal, onde a perfeição inatingível impera. As redes sociais e tecnologias exercem um papel fundamental nesta deturpação e cada vez se torna mais difícil conformarmo-nos com a nossa própria existência, onde para ser feliz é necessário conhecer a infelicidade, sendo o ponto-chave do ser-humano, o equilíbrio. No entanto, apesar deste estado excessivamente irreal, existe a esperança de encontrar aqui uma nova força que nos direcione ao real, com vontade de o viver.


PAGE 404 

“Page 404”, uma coleção desenvolvida em torno das conceções de “belo” e de “digital” relaciona-se com a ficção científica e com conceitos abordados por este género cinematográfico. Evidencia um futuro utópico, nunca alcançado, de uma era digital avançada tecnologicamente, que se esperava ter atingido nos dias de hoje, mas que na realidade nunca aconteceu.
Blade Runner e Matrix surgem como referências visuais intrínsecas à coleção, sendo esta quase que uma previsão equivocada do futuro que dá origem ao nome da coleção, Page 404, que sugere um erro web que significa “página não encontrada”.
A sua estética futurista, baseada na utilização de linhas e formas geométricas bem marcadas, através de estruturas rijas, convida à imersão neste universo futurista, digital, moderno e revolucionário. Alguns dirão que essa realidade ainda está por chegar, mas não teremos já esperado o suficiente?






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